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quinta-feira, agosto 26, 2004

A verdinha vespertina

Ao sair da semi-obscuridade de merda em que a minha sala de trabalho está mergulhada há já alguns dias para o insuportável calor do final da tarde, depois de mais um dia a lidar com as caralhices do costume, apeteceu-me ir tomar alguma coisa fresca, e lá cravei o meu colega para me fazer companhia (beber um copo sozinho não tem lá muita piada...). Bom, não foi bem cravar, porque ele também estava precisado. Isto nota-se nas pessoas com quem trabalhamos durante alguns anos: ao fim de um certo tempo de convívio permanente, cria-se uma certa empatia e um elo de comunicação, e coisas como esta notam-se, nem é preciso falar.

Ao entrar no café do costume, dei de caras com um amigo meu que, de forma totalmente inesperada, "dispara" à queima-roupa "Eh pá, ainda bem que te encontro! Assim sempre te posso pagar aquele dinheiro que te pedi há uns tempos.".
Palavra que já nem me lembrava disso. Aliás, se não fosse o facto de ele ter tocado no assunto, nem me passaria pela cabeça. Mas pronto, não foi mau, e ele lá me pagou. O que vale é que é um tipo a 110%, como já há poucos neste mundo. E, convenhamos: nesta altura do mês, dá sempre jeito...

"Saem duas verdinhas estupidamente frescas!", disse eu, ao passar pelo balcão, enquanto nos dirigíamos para uma mesa. E pouco mais de um minuto depois, ei-las que chegam, frias e apetecíveis...
Confesso que, aquando do lançamento da publicidade da Super Bock Green, cá o Exocet ficara desconfiado. "Uma cerveja com sabor a limão? Mas onde é que isto vai parar?!", pensava eu, quase tão desorientado como quando da queda do Muro de Berlim. Mas decidi experimentar... e soube bem. Gostei do sabor, da textura, da frescura. Aderi e hoje, sempre que apetece uma bejeca, pergunto sempre se há uma verdinha.
Há quem diga que é um crime, uma aberração, uma bizarria da Natureza, mas tem piada: muitos desses detractores do caralho adoram, por exemplo, aquela mistura de cerveja loira com 7Up ou Sprite (linda merda... se soubessem o bem que aquela zurrapa faz ao fígado...); ora isso não é crime maior??? Claro que é! E não vale a pena dizerem que não, porque é mesmo.

Seja como for, eu gosto. Sabe bem. Digamos que é uma variação de um prazer...
Se também gostam, bom proveito. Se ainda não provaram, vão por mim e experimentem.
E se não gostam, nesse caso ponham-se nas putas...


Divirtam-se, seus berlins do caralho... mas com juízo

Exocet